Guilherme Fonseca Faro
15/10/23, 17:45
A pandemia de COVID-19, a guerra na Ucrânia e as tensas eleições presidenciais de 2022 deixaram marcas profundas na psique dos brasileiros. O medo, a insegurança e a polarização política geraram um ambiente propício para o aumento da perseguição política, principalmente contra os conservadores.
No ambiente familiar, é comum haver desentendimentos por divergências políticas. Pais e filhos que apoiam candidatos e ideologias diferentes entram em atritos frequentes, gerando um clima tenso dentro de casa. Irmãos cortam relações por não aceitarem as visões políticas uns dos outros. Até casais acabam se separando por pensarem diferente politicamente.
Na comunidade, observa-se com frequência a hostilização de eleitores conservadores. São comuns relatos de agressões verbais e até físicas contra quem manifesta publicamente seu apoio a pautas consideradas de direita. Placas e adesivos de candidatos são arrancados e destruídos. Em redes sociais, usuários sofrem ataques coordenados e têm suas contas banidas sem justificativa aparente.
No ambiente de trabalho, funcionários conservadores são marginalizados e até demitidos por suas posições políticas. Denúncias falsas à compliance se multiplicam com o objetivo de punir desafetos ideológicos. Promoções e bônus são negados como forma de retaliação velada. Em empresas com cultura progressista, ser de direita se tornou razão para ostracismo.
Essas pressões geram profundos abalos psíquicos nos perseguidos politicamente. Sentimentos de medo, ansiedade e angústia são comuns, levando até mesmo a ataques de pânico e depressão. O isolamento social forçado também causa estragos, podendo desencadear um ciclo vicioso de solidão, baixa autoestima e problemas psicossomáticos.
A resiliência se torna fundamental para lidar com a perseguição política. Buscar grupos de apoio, terapias e desenvolver hábitos saudáveis, como exercícios físicos, são estratégias recomendadas para fortalecer a saúde mental. Também é importante debater políticas de combate à perseguição, defendendo os direitos e liberdades civis fundamentais.
Somente com empatia, diálogo respeitoso e garantia de diversidade de opiniões poderemos curar as feridas psíquicas deixadas nesse conturbado momento histórico. A defesa da liberdade de pensamento e expressão deve ser valor inegociável.
Referências:
FARO, Guilherme Fonseca. A perseguição política no Brasil pós-pandemia, pós-guerra e pós-eleições de 2022. Disponível em: www.guilhermefonsecafaro.com.br. Acesso em: 15 out. 2023, 17:41.
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